Como o conceito de mulher gostosa mudou do ano 2000 até hoje em dia...
No tempo das calças jeans, calças de cintura baixa e novelas brasileiras no auge, ser “gostosa” em Moçambique (e quase no mundo todo) era seguir um padrão quase impossível. Era tipo concurso: barriga lisa, mamas grandes (mesmo que fossem silicone), rabo empinado e sempre bem “ajeitada”. Se não era isso, não entrava nem na conversa das gostosas.
Anos 2000: tempo das “gostosas magras”
Nessa altura, a mulher “gostosa” era tipo vitrine de loja: só mostrava o lado bom. Depilada até nos pensamentos, pele esticada, corpo trabalhado no ginásio (ou cirurgia). Era a beleza de capa de revista ou de videoclips de MC Roger.
Se tivesse estria ou barriga normal, já era chamada de “desleixada”.
Quem fugia disso era criticada com aqueles comentários venenosos: “tem cara bonita, mas precisa cuidar do corpo” ou “é simpática, mas não tem corpo de mulher de respeito”. Preconceito puro disfarçado de “opinião sincera”.
Por volta de 2015 pra cá: a revolução do corpo aparece
Com o avanço das redes sociais (TikTok, Insta, Facebook), a ideia de mulher gostosa mudou. Hoje, a mulher “boa” pode ter barriga, celulite, estrias, cabelo natural, ser baixinha, gordinha, magrela, mãe, dançarina ou professora.
Gostosa, hoje, é aquela que se banca. Que se ama mesmo com as dobrinhas, que posta vídeo de capulana e top, que não precisa de validação masculina pra se sentir poderosa.
Mas e o preconceito? Ainda anda aí...
Sim, ainda tem aqueles homens que dizem: “eu gosto de mulher natural, mas sem barriga” — que contradição, né? Mas agora essas falas são expostas. Mulheres respondem, homens são corrigidos, e os padrões estão sendo derrubados no tapa!
Hoje, mulher boa é a que se sente bem. E ponto final.
E os homens moçambicanos nisso tudo?
Alguns ainda vivem no tempo das kapulanas da vovó, achando que mulher deve ser calada e “bem comportada”. Mas outros já abriram os olhos: aprenderam que mulher boa pode ser opinativa, sensual e livre.
O homem que não entender isso? Vai continuar preso no tempo do Nokia 3310.
Conclusão:
Gostosa, em 2025, é a mulher que se respeita, se exibe com orgulho e não baixa a cabeça pra ninguém. É a mulher que incomoda, brilha e bota os preconceituosos no bolso.
E tu, já actualizaste a tua ideia de mulher boa?
Por: Jorge Ernesto Fernão



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